Na sexta-feira (17), a Ordem gaúcha publicou e divulgou uma Nota Oficial contestando as recentes declarações dadas à imprensa pelo superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, nas quais atribuia aos advogados a responsabilidade pelo vazamento de informações sigilosas de processos de investigações, que estão em andamento naquele órgão.
Na tarde desta segunda-feira (20), Gasparetto, em telefonema ao presidente da OAB/RS, Claudio Lamachia, afirmou que em momento algum pretendeu em suas declarações imputar aos profissionais da advocacia a responsabilidade pela publicidade de informações contidas nos inquéritos.
Confira também a nota divulgada pela PF e encaminhada a OAB/RS:
Porto Alegre, 20 de abril de 2009
NOTA À IMPRENSA
A Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul esclarece que os inquéritos originados na Operação Solidária estão sob sigilo e que a Instituição tem preservado o conteúdo das investigações.
Somente é autorizado o acesso aos autos dos inquéritos às partes investigadas e aos seus advogados, além da equipe de investigação da PF, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.
Em nenhum momento, nos poucos contatos que a Polícia Federal teve com a imprensa através do seu Superintendente, relativos às investigações, houve qualquer intenção de atribuir aos advogados a responsabilidade pela publicidade de informações contidas nos inquéritos.
As investigações relativas à Operação Solidária iniciaram em novembro de 2007, com acompanhamento do Ministério Publico Federal e autorização da Justiça Federal, em segredo de justiça. Alguns nomes de investigados tornaram-se públicos em agosto de 2008, após serem publicados no site do STF.
A PF apura através de inquérito policial o vazamento de informações que estavam em segredo de justiça e que se tornaram públicas.
Por fim, a Polícia Federal ressalta o seu respeito a todos os advogados e profunda consideração à OAB/RS.
Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul
Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759