Os advogados dos 28 acusados pelos ataques, na Espanha, de 11 de março de 2004 pediram ontem (11) a absolvição de seus clientes, durante o 46º dia do julgamento pelos atentados, que mataram 191 pessoas, em um processo judicial que está em sua reta final. A absolvição é pedida sob o fundamento de que os crimes, dos quais são acusados,
"não foram comprovados". A princípio eram 29 acusados, mas em 4 de junho o tribunal absolveu Brahim Moussaten e retirou todas as acusações feitas contra ele. O advogado que representa o acusado Rafa Zouhier pediu que seja aplicado ao réu o atenuante de confissão e de arrependimento caso seja condenado.
A Promotoria pede 38.958 anos de prisão para Zouhier, por considerar que foi a figura "determinante" para a obtenção dos explosivos do 11 de março, procedentes de uma mina de Astúrias, no norte da Espanha.
A advogada que defende Sergio Álvarez, também relacionado com os explosivos, anunciou que apresentará um recurso ao Tribunal Constitucional por violação do artigo 24 da Constituição espanhola, que, entre outros, prevê o direito à presunção da inocência. Além disso, a advogada considera que houve um impedimento de defesa em relação a seu cliente.
A defesa de Rachid Aglif aderiu ao pedido dos advogados de solicitar a nulidade das atuações e reivindicou que se retirem os depoimentos de
"certas testemunhas e alguns peritos" que compareceram na audiência oral.
A advogada de Antonio Ivan Reiss, acusado de transportar parte dos explosivos, propôs que, se o réu for condenado, que se leve em conta o atenuante de medo insuperável.
A defesa de um dos considerados ideólogos dos atentados, Rabei Osman El Sayed,
"O Egípcio", pediu a absolvição de seu cliente e a nulidade da causa, além de solicitar a invalidade da comissão rogatória feita com seu cliente na Itália, país onde foi detido em 7 de junho de 2004.
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Fonte: Folha Online
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