O segundo semestre concentra campanhas salariais de mais de 15 milhões de trabalhadores organizados em sindicatos que já definiram seus objetivos para este ano: vão brigar por aumentos reais e maior participação nos lucros.
As centrais que reúnem categorias como metalúrgicos, bancários, eletricitários, químicos e petroleiros acreditam que o cenário lhes é favorável, com a economia crescendo e os juros em queda.
Com pressa de iniciar as negociações, representantes dos 250 mil metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado de São Paulo já entregaram suas reivindicações aos sindicatos patronais. Pedem reajuste acima da inflação diferenciados por setor, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e unificação de datas-base para setembro.
Os 700 mil metalúrgicos e os 700 mil químicos paulistas da Força Sindical também anteciparam para agosto a discussão de suas pautas de reivindicação. "Queremos entrar no vácuo do crescimento econômico", diz Eleno Bezerra, presidente da Confederação dos Metalúrgicos.
Nos bancos, a campanha para o acordo coletivo nacional começa no fim do mês. Os 420 mil bancários brasileiros darão ênfase à negociação por maior participação nos lucros das instituições.
Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759