Após a repercussão do desabafo do advogado Rafael Guimarães, que anunciou a desistência da profissão após encontrar na rua o assassino confesso de seu pai, o presidente da OAB/RS, Ricardo Breier, criticou a falha do Estado em não possuir uma Sala de Estado Maior para o acusado aguardar, em regime fechado, o julgamento.
Para Breier, o réu, o advogado Guilherme Antônio Nunes Zanoni, preso em flagrante em novembro por esfaquear o vizinho e síndico Oscar Vieira Guimarães Neto, deveria estar aguardando o julgamento numa Sala de Estado Maior — que é um espaço sem grades destinado a profissionais como juízes, promotores, jornalistas e advogados que estão em prisão cautelar, conforme previsto por lei.
“O que aconteceu não foi uma falha dele, nem da advocacia ou da Justiça, mas do Estado, que não executa o que a lei determina”, declarou o dirigente.
Sensibilizado com o caso, Breier convidou o advogado Rafael Guimarães para uma reunião na sede da Ordem gaúcha, na tarde desta quinta-feira (21), às 14h. “Temos comissões e projetos atuando para cobrar medidas como essa e outras envolvendo a segurança pública. Rafael Guimarães será convidado a se engajar nessas causas e não desistir da profissão” adiantou.
Fonte: OAB/RS