A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul contestou, em Nota Oficial publicada no seu site (www.oabrs.org.br), na sexta-feira (17), as recentes declarações dadas à imprensa pelo superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, nas quais atribui aos advogados a responsabilidade pelo vazamento de informações sigilosas de processos de investigações, que estão em andamento naquele órgão. Ao expressar sua “inconformidade” diante das declarações do delegado, a entidade afirma que “a acusação sem base em qualquer prova é temerária e atinge a classe dos advogados como um todo, na medida em que, togando-se, aponta indiscriminadamente a categoria que julga culpada, tentando isentar de qualquer responsabilidade a própria Polícia Federal”.

A Nota Oficial, aprovada por unanimidade em sessão ordinária do Conselho Seccional, também destaca que a OAB/RS “repele, veementemente, a forma como assunto de tal natureza é tratado pela Superintendência da Polícia Federal, afrontando a honorabilidade dos advogados criminalistas que atuam junto àquele ente público e, consequentemente, a totalidade da classe, asseverando que adotará as medidas legais para que tais atos não voltem a se repetir”.

No documento é observado, ainda, que “embora seja de conhecimento público, nunca é demais lembrar que, em todas as operações da Polícia Federal, temos os ditos vazamentos que, a rigor, não deveriam ser assim chamados. São calculados e sistemáticos, impondo-se uma reflexão sobre tais circunstâncias”. A Nota Oficial é assinada pelo presidente do Conselho Seccional da OAB gaúcha, Claudio Lamachia.

Assessoria de Imprensa – OAB/RS
Carol Majewski – Jornalista / Assessor

Confira na íntegra a NOTA OFICIAL divulgada pela OAB/RS:

O Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Rio Grande do Sul, reunido nesta data, ao tomar conhecimento das declarações do Superintendente da Polícia Federal, delegado Ildo Gaspareto, publicadas pelo Jornal Correio do Povo, em edição do dia 14 de abril, bem como da entrevista concedida ao repórter Lasier Martins, durante o programa Gaúcha Repórter, do dia 13 de abril, onde credita à classe dos advogados a circulação de informações sigilosas que integram inquéritos da Polícia Federal, vem a público resgatar a verdade e exprimir sua inconformidade, na forma que expõe:

1. A acusação sem base em qualquer prova é temerária e atinge a classe dos advogados como um todo, na medida em que, togando-se, aponta indiscriminadamente a categoria, que julga culpada, tentando isentar de qualquer responsabilidade a própria Polícia Federal.

2. Embora seja de conhecimento público, nunca é demais lembrar que, em todas as operações da Polícia Federal, temos os ditos vazamentos que, a rigor, não deveriam ser assim chamados. São calculados e sistemáticos, impondo-se uma reflexão sobre tais circunstâncias.

3. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul - repele, veementemente, a forma como assunto de tal natureza é tratado pela Superintendência da Polícia Federal, afrontando a honorabilidade dos advogados criminalistas que atuam junto àquele ente público, e, consequentemente, a totalidade da classe, asseverando que adotará as medidas legais para que tais atos não voltem a se repetir.

Sala de Sessões, 17 de abril de 2009.

Claudio Lamachia
Presidente do Conselho Seccional da OAB/RS

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759