A OAB/RS, por intermédio da Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto, irá, por determinação da presidência, acompanhar as investigações do caso de tortura contra cinco jovens, ocorrido na madrugada de 27 de dezembro do ano passado, na cidade de Flores da Cunha.

O acompanhamento do inquérito policial-militar da Brigada Militar, que envolve a suposta participação de membros da corporação, foi acertado em visita feita na tarde da sexta-feira (18/01) pelo coordenador-geral da comissão, o advogado e conselheiro seccional da OAB/RS, Ricardo Breier, ao Corregedor-Geral da instituição, coronel João Batista Gil. Segundo Breier, a participação da Ordem gaúcha emprestará ainda maior transparência às investigações. "O trabalho vem sendo conduzido de forma isenta pelos responsáveis, que querem chegar aos culpados", afirmou Breier, logo após o encontro, ocorrido no quartel-general da BM, em Porto Alegre.

Sobre o caso, e preocupado com a preservação dos direitos humanos, o presidente da OAB/RS, Claudio Lamachia, afirmou que "apesar de isolado, foi um ato de barbárie que remonta um comportamento medieval, inadmissível nos tempos atuais, e que deve ser apurado até chegar-se à punição dos criminosos".

Para ele, a covardia, especialmente se aliada ao abuso de poder, é uma das maiores afrontas que se pode perpetrar contra a dignidade de uma pessoa. "Esperamos que as investigações sejam levadas com total imparcialidade por parte dos responsáveis pela apuração", ressaltou o dirigente.

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759