A Justiça de Carazinho determinou que a Polícia Militar impeça o avanço de três marchas ligadas ao MST que se dirigem a uma fazenda em Coqueiros do Sul.

A juíza da 2ª Vara Cível de Justiça, Marlene Marlei de Souza, ordenou que os manifestantes do MST sejam monitorados pela PM para que não ingressem na comarca.

A decisão da juíza atende a pedido do Ministério Público Estadual, sob o argumento de que o confronto entre manifestantes e produtores rurais seria "inevitável, acarretando sério risco para a vida de crianças e adolescentes".

Os grupos, com cerca de 600 pessoas cada um, saíram de acampamentos de Pelotas, Porto Alegre e Palmeira das Missões no dia 11 de setembro. Eles pretendem chegar à fazenda Guerra na próxima semana e realizar protestos pela reforma agrária.

Segundo Mauro Cibulski, da coordenação estadual do MST, o movimento avaliará a notificação para decidir se vai prosseguir com as marchas.

Cibulski disse que a fazenda Guerra possui, de acordo com registro em cartório,tem 7.000 hectares, mas que a propriedade chega a 9.000 hectares.

"Nessa propriedade dá para assentar 500 famílias. No Estado, 2.500 famílias esperam por assentamento", disse Cibulski.
 
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Fonte: Folha online
Informações complementares - Redação do JORNAL DA ORDEM

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759