O Conselho de Administração da Infraero aprovou, em reunião no final da manhã de ontem (16) o afastamento de mais três servidores da empresa para facilitar o trabalho de sindicância que está sendo realizado para apurar denúncias de irregularidades na compra de software para controle da publicidade veiculada nos aeroportos. A investigação está sendo feita pela CGU - Controladoria Geral da União, a pedido do ministro da Defesa, Waldir Pires.
Por conta dessa investigação estão sendo afastados Tércio Ivan Barros, assessor da presidência da Infraero, Mariângela Russo e Roberto Spinelli Júnior, estes lotados na administração de Guarulhos.
Três outros que já estavam afastados e permanecerão fora da empresa até que todas as investigações sejam concluídas. São eles: Wellington Moura, Márcia Chaves e Fernando Badaglia.
Desde junho do ano passado, a CGU estava investigando a compra superfaturada do programa Advantage V.2, destinado a gerenciar a comercialização de espaços publicitários nos diversos aeroportos brasileiros. O software foi adquirido em 2001 e custou cerca de R$ 26 milhões.
Só que funcionou apenas dez meses passando a apresentar freqüentes problemas e, segundo informou a CGU, durante a investigação, a empresa que fez o contrato - FS3 Comunicação e sistemas - nunca dispôs de nenhum tipo de controle sobre os recursos oriundos da utilização destes espaços, o que pode representar perda de um grande volume de arrecadação.
Entretanto, o mais grave, segundo a CGU, foi a suspensão do contrato e a falta de substituição por outro mecanismo de gerenciamento da comercialização de pontos de mídia aeroportuária. (Com informações da Agência Brasil).
Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759