Lamachia destacou que, quando se trabalha com ética e voltado para a cidadania, se alcanca a Justiça com maior precisao, e que esta precisa ser objeto de permanente reflexão por parte daqueles que tem como função representar os cidadãos: “as entidades tem o dever de refletir sobre estas questões para proporcionar uma realidade melhor para a sociedade”.
 
Na abertura do evento, Lamachia sentou-se à mesa de honra com o presidente e a vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Paulo de Argollo Mendes e Maria Rita de Assis Brasil, com o presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Pereira Torma, e com o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes.
 
A palestra de abertura foi proferida pelo sociólogo e professor da UFRGS Renato Oliveira. Em seguida, Claudio Lamachia coordenou mesa-redonda com o presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Sergio Murillo de Andrade, com o ex-presidente da Associação Riograndense de Bioética, José Roberto Goldim, e com o presidente e o vice-presidente da Associação dos
Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Carlos Cini Marchionatti e Cacildo de Andrade Xavier, os quais debateram o tema “Ética e cidadania no acesso à informação, à saúde e à justiça”.
 
Ercy Torma mediou o painel “O controle externo do exercício profissional em face do imperativo democrático”, entre o conselheiro federal da OAB/PI Marcus Vinícius Furtado Coelho, o advogado especialista em lei de imprensa Marco Antônio Bezerra Campos e Paulo de Argollo Mendes.
 
Furtado Coelho ressaltou que o controle, na democracia, é algo natural: “funciona assim em relação aos Poderes constituídos (Legislativo, Judiciário e Executivo), que se controlam mutuamente. Assim também deve ser com os poderes da sociedade, dentre os quais estão as profissões, que devem ter conselhos ou órgãos que defendam suas prerrogativas e punam os maus profissionais”.
 
O painel de fechamento do Fórum, que teve como tema “Direito e Imprensa em face da Política”, foi coordenado por Maria Rita de Assis Brasil, e teve como debatedores o ex-presidente e membro honorário vitalício do CFOAB Roberto Antônio Busato, o médico e deputado federal Germano Bonow e o vice-presidente da ARI, João Batista de Melo Filho.
 
Busato, que falou sobre “Ética profissional – missão social e moral da advocacia”, destacou que “a ética é o oxigênio da cidadania, e que, portanto, seria impossível exercer a advocacia sem ética – a profissão, nesse caso, não passaria de um engodo, de uma farsa”. O dirigente observou que vivemos “um momento de crise ética não só no Brasil, nem tampouco apenas
na América Latina, mas no mundo todo, crise essa que ataca princípios de soberania, de dignidade, de direitos humanos em todos os países”, e sublinhou o papel essencial que os advogados têm no combate a esse estado de coisas.
 
Lamachia, ao término do Fórum, avaliou que “o que se produziu, aqui, em termos de discussão, em termos de propostas, foi da melhor qualidade, os palestrantes trouxeram reflexões profundas. Acho que demos um grande passo, o SIMERS, a ARI e a OAB/RS, desenvolvendo um evento desta magnitude, com assunto de interesse de toda a nação brasileira, e temos que fazer, cada vez mais, este debate. Como bem disse Busato, estamos vivendo um momento de
crise ética, a sociedade não suporta mais ver, a cada dia, um novo escândalo no Brasil, e o que se precisa para que se tenha um combate real a tudo isto é exatamente um aprofundamento da reflexão sobre as causas do que está acontecendo”.
 
Prestigiaram o evento o conselheiro federal da OAB/RS, Luiz Carlos Levenzon, o presidente da CAA/RS, Arnaldo Araújo Guimarães, o coordenador da Coordenadoria das Subseções, Luiz Eduardo Pellizzer, o presidente da subseção de Alvorada, Dorival Sebastião Ipê da Silva, a membro da Comissão da Mulher Advogada Márcia Guahnon, o membro da Comissão de Previdência Anselmo Bandeira Severo e o chefe de gabinete da presidência, Julio Cezar
Caspani.

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759