|   Jornal da Ordem Edição 4.431 - Editado em Porto Alegre em 22.11.2024 pela Comunicação Social da OAB/RS
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NOTÍCIA

22.05.07  |  Criminal   

Homem linchado roubou R$ 60 de ônibus em São Paulo

O ajudante Túlio Márcio Nascimento da Silva, de 24 anos, conseguiu roubar R$ 60 de um ônibus da Viação Tupi antes de ser espancado por passageiros na madrugada de domingo (20) na Zona Sul de São Paulo e morrer minutos depois no hospital. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o jovem não tinha passagem pela polícia.

O ônibus fazia a linha Jabaquara/Jardim Santa Bárbara. O assaltante entrou no ônibus na Avenida Senador Teotônio Vilella e anunciou o assalto. Segundo as informações que constam no boletim de ocorrência, ele simulou estar armado e ameaçou o cobrador, que entregou o dinheiro.

Em seguida, Silva -  que aparentava estar sob efeito de drogas - ameaçou os passageiros. Cerca de 20 pessoas cercaram o jovem e o espancaram a socos e pontapés. A informação inicial da polícia era de que os passageiros usaram também paus e pedras durante a agressão, o que não foi confirmado no boletim de ocorrência.

Assim que conseguiram dominar o assaltante, os passageiros perceberam que o homem havia entrado em convulsão. O motorista parou o veículo no posto da Polícia Militar no Jardim Progresso. Túlio Silva chegou a ser levado pelos policiais ao Hospital do Grajaú, também na Zona Sul, mas morreu dez minutos após dar entrada no local. As informações são do saite Globo.com.

O laudo do Instituto Médico Legal - que determinará a causa da morte - deve ficar pronto em até 30 dias. Ele será decisivo para o inquérito, de acordo com a polícia, porque irá determinar se o jovem realmente morreu em decorrências das agressões.  A polícia ainda não identificou os passageiros que espancaram o jovem. Assim que o ônibus parou, as pessoas deixaram rapidamente o local. Cinco pessoas foram citadas como testemunhas do caso, entre elas o motorista e o cobrador do ônibus. O caso está registrado no 101º Distrito Policial do Jardim Embuia.

O secretário-geral do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Governo do Estado de São Paulo (Condepe), Ariel de Castro Alves, disse que a entidade irá cobrar a apuração do fato e a eventual punição dos culpados.

“A gente repudia todo tipo de violência. Toda a forma de justiça com as próprias mãos é inaceitável. Isto mostra a falta de credibilidade da polícia e da justiça no país”, disse. Ele lembrou que o homicídio é um crime mais grave, de acordo com o Código Penal, do que o roubo. “Não é desta forma que iremos resolver o problema da violência no Brasil.”

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759

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