Na opinião do presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, com a adoção do modelo de financiamento público de campanha, eventuais influências de financiadores de campanhas eleitorais sobre a atuação política dos parlamentares podem ser coibidas.
 
De acordo com Britto, sob o atual sistema eleitoral, o financiamento acontece com base na coincidência de interesses e por isso há o risco de que a atuação parlamentar seja influenciada pelo patrocinador. “Ninguém financia alguém se não há identidade de interesses, desde bancos, centrais sindicais até qualquer pequena empresa”, diz.
 
Em sua proposta de reforma política entregue ao Congresso e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a OAB nacional defende o financiamento público como a solução mais democrática para as campanhas. “Democracia pressupõe igualdade e ela não existe quando uns podem financiar mais que outros. Quanto mais forte for esse sistema, mais se fortalecem os grandes grupos financeiros”, afirma Britto.

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Agência Estado

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759