Deu sururu com o falso "big brother". A 2ª Câmara Criminal do TJ de Santa Catarina impôs condenação a Enoque da Silva, que no ano passado virou notícia nos jornais de Santa Catarina. Primeiro, ao ser festejado como "o big brother visitando a Ilha". Depois, quando a farsa foi desmascarada.

Condenado na 4ª Vara de Florianópolis por roubo, estelionato e ameaça, o réu foi absolvido pelo TJ-SC da primeira imputação; teve adequada a segunda para furto qualificado por fraude e, por fim, foi mantida a reprimenda por ameaça.

Além disso, a Câmara, em atenção ao pleito do MP, condenou Enoque também pelo delito de falsa identidade. A pena final ficou estabelecida em três anos, dois meses e 12 dias de reclusão e mais oito meses e quatro dias de detenção. O relator do caso foi o desembargador Irineu José da Silva.

Enoque ficou conhecido em Florianópolis por se passar por um ex-integrante do Big Brother Brasil, edição quatro, chamado “Zulu”. Pelo menos cinco pessoas se apresentaram como vítimas: Sandra, Luciano, Mário, Nathalia e Maria da Conceição.

Residente em São Paulo, Enoque chegou a Florianópolis em meados de 2006 e, a partir daí, iniciou uma série de golpes contra mulheres e homens que cruzaram seu caminho. De forte compleição física e grande semelhança com o astro global Zulu (nome artístico do atleta Marcelo dos Santos Martins Gomes),  Enoque logo foi convidado para dividir apartamento com uma vítima na praia de Canasvieiras.

Em seguida, contratou um homem para servi-lo como motorista e guarda-costa. Fez amizades com muitas outras pessoas, de quem aproveitava da confiança para praticar furtos – de cheques, roupas e aparelhos eletrônicos.

Costumava pedir dinheiro emprestado para pagar depois que fosse realizar um trabalho que estava negociando com a televisão argentina. Quando desmascarado - mas ainda não-preso -  Enoque passou a contactar suas vítimas em ligações telefônicas com ameaças verbais.

O réu ainda pode interpor recursos aos tribunais superiores. Nos termos da Carta Magna, artigo 5º, inciso LVII, “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. (Proc. nº 2007.013986-9 - com informações do TJ-SC).

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Polêmicas no BBB-4

A quarta edição do Big Brother Brasil foi ar de 13 de janeiro a 6 de abril de 2004, totalizando 85 dias de confinamento na casa. Nesta edição, houve uma novidade: mais dois participantes entraram na casa poucos dias depois dos outros, escolhidos através de sorteio, e, ironicamente, foram os dois finalistas.

A quarta edição foi caracterizada pelas brigas entre os participantes. O programa teve uma das maiores audiências das edições até então. Cida foi a primeira mulher a vencer o Big Brother Brasil.

O ex-participante Edílson Buba faleceu na madrugada de 20 de novembro de 2006, em decorrência de uma infecção generalizada. Buba tinha 34 anos, era empresário e sofria de câncer no estômago. Seus ex-colegas de confinamento Marcela e Zulu compareceram ao Crematório Vaticano, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, Paraná.

Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759