Um escândalo está tomando conta da Suíça. Promotores denunciaram clínicas de suicídio assistido - que possui legislação própria no país europeu - estão ajudando pessoas com depressão, e não com doença terminal, a morrer. As informações são do saite de O Globo.
As clínicas, que atraem todo ano centenas de estrangeiros em cujo país de origem o suicídio assistido é ilegal, estariam agindo sem rigor para determinar se os pacientes se enquadram nos casos previstos pela lei. Em alguns casos, os estrangeiros estão recebendo um coquetel de drogas letal pouco depois de desembarcarem na Suíça.
"Não estamos tentando proibir o chamado turismo mortal, mas a terceirização do suicídio deve estar sob estrito controle", disse um promotor de Zurique ao jornal "Sunday Telegraph".
A lei da Suíça permite que médicos dêem "assistência passiva ao suicídio" a pessoas com doenças terminais ou grande sofrimento. Mas são os pacientes que devem administrar o coquetel de drogas em si mesmos.
A cada ano 300 pessoas tiram a vida legalmente dessa maneira. Entretanto, recentemente, uma alemã de 67 anos falsificou um diagnóstico de cirrose do fígado e conseguiu auxílio da Veritas para o suicídio assistido. Só que a mulher não sofria dessa doença, mas de problemas com alcoolismo e depressão.
Rodney Silva
Jornalista - MTB 14.759