MPF pede aumento de pena de ex-dono do Econômico


16.10.07 | Diversos

O Ministério Público Federal em São Paulo apresentou, nesta segunda (15), um recurso solicitando o aumento da pena do ex-dono do Banco Econômico, Ângelo Clamon de Sá, e de três ex-diretores da instituição financeira.

Calmon de Sá foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado, mas teve concedido o direito de recorrer da pena em liberdade, uma vez que colaborou com a Justiça, possui residência fixa e é idoso.

No recurso, enviado ao TRF da 3ª Região, o procurador da República Paulo Taubemblatt pede a aplicação da "pena máxima" ao ex-banqueiro e que o aumento aplicado à pena dele seja aplicado proporcionalmente aos demais réus.

A pena máxima do crime de gestão fraudulenta é de 12 anos, mas além disso , o MPF pediu a aplicação do artigo 71 do Código Penal, uma vez que o crime foi continuado, o que aumentaria a pena em 2/3, elevando-a para 20 anos de reclusão. "O resultado lesivo causado pelos apelados (réus) foi demasiadamente vultoso, justificando o aumento da pena base", afirma Taubemblatt na apelação.

Para Taubemblatt, a pena do ex-banqueiro deve ser elevada ao máximo, pois "a boa fé de banqueiros estrangeiros, a má-fé manifesta dos apelados (réus), e o prejuízo suportado diretamente pelo Banco Central do Brasil e indiretamente por todo o povo brasileiro deve ser punido exemplarmente".

Além de Calmon de Sá, a Justiça Federal condenou o vice-presidente do Econômico, José Roberto David de Azevedo, a seis anos, em regime fechado de reclusão. Também foram condenados a pena de reclusão, mas em regime semi-aberto, o diretor da Área Internacional, Ildebrando Crisóstomo da Silva Filho (quatro anos e oito meses) e o gerente geral assistente do Departamento de Estrangeiros e superintendente de Recursos Externos (Surex), Fernando Antônio Azevedo Marques Prestes (quatro anos e quatro meses).

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Fonte: Terra