A Editora Três, dona da revista IstoÉ, entra hoje com o pedido de sua recuperação judicial na Justiça de São Paulo. A informação é do blog Radar On-line, do jornalista Lauro Jardim. Para ver a notícia na íntegra, na origem, clique aqui.
O ex-senador Gilberto Miranda está liderando um grupo de bancos que tentará salvar a editora. O que ele tem dito aos mais próximos é que conseguiu reunir 40 milhões de reais para a tentativa de começar a acertar os passivos.
As dívidas da Editora Três giram em torno dos 750 milhões de reais (cerca de 70% disso com o governo). Miranda entraria como sócio, mas o principal dono, Domingo Alzugaray, permaneceria controlado a empresa.
Sobre o acordo inicial entre os empresários Nelson Tanure e Alzugaray, o primeiro - que é dono do Jornal do Brasil - deve se transformar em credor da editora. Tanure tinha injetado R$ 15 milhões na empresa, que pretendia comprar. Mas, Alzugaray pode devolver o dinheiro.
Em 2005, a nova Lei de Falências substituiu a concordata pela ação de recuperação judicial. O procedimento foi idealizado como forma de manter a continuidade das atividades econômicas daquelas empresas que estão em crise financeira. É uma ação judicial movida pelo próprio devedor com o objetivo de propor aos seus credores uma renegociação de suas dívidas.
A crise financeira da Editora Três ficou ainda mais visível na sexta-feira passada (11). A empresa anunciou a demissão de 240 funcionários, dentre eles 40 jornalistas. Os demais são das áreas administrativa e gráfica. Esta informação é da revista Consultor Jurídico.
A editora publica as revistas IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Dinheiro Rural, IstoÉ Gente, Menu, Motor Show, dentre outras. As redações foram unificadas na segunda-feira (14).