Por Ingrid Birnfeld,
advogada
Sessão em uma das altas cortes judiciárias do País. Em pauta, o recebimento de denúncia-crime contra uma autoridade que teria assediado um familiar de outra autoridade. Como o denunciado gozava de foro privilegiado, o tribunal atuava em sua competência originária.
Submetida a denúncia à votação, todos os julgadores, à exceção de um, decidiram por não acolhê-la. As provas colhidas não seriam suficientes para que fosse promovida a devida ação penal.
Após a decisão, em informal conversa durante o cafezinho, os julgadores, curiosos, questionaram o colega acerca das motivações que o teriam levado a decisão tão insólita, ao que ele respondeu, a todos surpreendendo com perspicaz ironia:
- Ora, eu apenas confiei no taco dele...