Lamachia vai à SC cobrar agilidade do Estado na apuração da morte de advogado


30.05.16 | Advocacia

Nesta quarta-feira (25), o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, acompanhado do presidente da OAB/SC, Paulo Brincas, cobrou do secretário de Segurança de Santa Catarina, César Grubba, agilidade na apuração do caso da morte do advogado Roberto Caldart.

Caldart ocupava o cargo de secretário-geral da subseção da OAB de Palhoça, cidade da região metropolitana de Florianópolis. Ele foi morto nesta terça-feira (24) enquanto trabalhava. A Justiça determinou a prisão temporária de cinco policiais militares suspeitos de envolvimento no caso. No mesmo dia, Lamachia participou dos ritos fúnebres.

“É preciso apurar o caso e mostrar que esse tipo de situação é inaceitável. O advogado é fundamental para o Estado Democrático de Direito e esse crime se revela um atentado ao próprio sistema da justiça”, afirmou Lamachia.

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Segundo informações, Caldart pode ter sido alvo de uma emboscada ao atender chamado de clientes ameaçados de reintegração de posse. Outra hipótese levantada pelos relatos do jornal é que o advogado teria sido morto quando atuava em favor desses clientes.

“O assassinato de um advogado em pleno exercício profissional constitui grave atentado à administração da Justiça e não pode ser tolerado. Um ataque ao profissional é um ataque ao Estado”, disse Brincas.

OAB/RS repudia ataques contra advogados

O presidente da OAB/RS, Ricardo Breier, manifestou pesar e indignação com a morte do advogado Roberto Caldart, que foi assassinado em pleno exercício profissional. “A Ordem gaúcha se solidariza com toda a advocacia de Santa Catarina. É um crime que fere também os advogados do Rio Grande do Sul”, afirmou Breier.

Segundo Breier, ataques a advogados durante a atividade tornaram-se frequentes. “No Pará, a violência é constante contra a classe. Agora, estamos consternados com essa trágica morte em Santa Catarina. Todo profissional que sofrer qualquer ameaça no exercício da profissão deve imediatamente informar à CDAP – Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas – e solicitar o auxílio da entidade. Esse é nosso papel institucional: defender as prerrogativas e a livre atuação da advocacia”, salientou Breier.

Fonte: OAB/RS