O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou, há pouco, que o Estado brasileiro precisa ter uma estrutura própria para garantir a segurança em todas as instâncias dos concursos públicos, inclusive na impressão das provas. Ele citou a Casa da Moeda como exemplo de uma estrutura satisfatória para esse fim.
Para o ministro, as provas de concursos públicos "valem dinheiro", assim como as cédulas impressas na Casa da Moeda. "A única diferença é que a prova perde valor depois que é aplicada, enquanto a cédula, não", disse.
O ministro defendeu a estrutura de segurança após sugestão feita pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) e pelo deputado Chico Abreu (PR-GO) durante audiência pública encerrada há pouco na Comissão de Educação e Cultura.
Haddad sugeriu ainda que a Câmara ouça as entidades relacionadas à aplicação de concursos públicos - como a Enap, a Esaf e o Cespe - para melhorar a legislação sobre o assunto e aprimorar os procedimentos dos concursos. "Concursos públicos são uma questão de Estado", justificou.
A audiência discutiu as medidas que estão sendo tomadas para apurar o vazamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Enem estava inicialmente marcado para os dias 3 e 4 de outubro, mas foi adiado depois que o conteúdo da prova vazou. A prova será aplicada nos dias 5 e 6 de dezembro.
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Fonte: Agência Câmara