OAB/RS adota Praça dos Açorianos localizada em frente à nova sede


08.06.09 | Diversos

A OAB/RS assume, a partir desta sexta-feira (05), a responsabilidade pela conservação da área pública da Praça dos Açorianos, localizada em frente à nova sede da Ordem gaúcha, na Rua Washington Luiz, nº 1110. O termo foi assinado durante a cerimônia de inauguração do novo prédio da Ordem Gaúcha pelo presidente da entidade, Claudio Lamachia; pelo prefeito de Porto Alegre, José Fogaça; pelo secretário municipal do Meio Ambiente, Professor Garcia; e pelo presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB/RS, Ricardo Alfonsin. A adoção também fez parte das comemorações da Semana do Meio Ambiente.

De acordo com Lamachia, “a Ordem gaúcha quer contribuir para a melhoria das condições da região próxima à nova sede. Adotando a Praça dos Açorianos, a OAB/RS será responsável por sua administração. Mas ela não será somente um lugar aprazível, mas também um patrimônio inalienável da cidadania”.

“Mais importante que um prédio é o que ele significa para nós. Escolhemos uma praça, que é o lugar do povo, para a inauguração do prédio. A história da praça e da ponte, que já ligou a cidade ao centro, será contada de forma diferente, ligando a advocacia à cidadania”, declarou o presidente do CFOAB, Cezar Britto.

Professor Garcia registrou: “O Município de Porto Alegre tem como política pública incentivar a adoção de praças e parques, e ficamos muito contentes que a OAB/RS, ao inaugurar a sua nova sede, tenha incorporado a Praça dos Açorianos neste espírito de adoção”.

“A OAB/RS adota este espaço histórico da cidade na Semana do Meio Ambiente. A nossa comissão se compromete com melhorias e com a manutenção dessa praça, que é um referencial para Porto Alegre. A Comissão de Direito Ambiental tem orgulho de receber essa incumbência”, afirmou o conselheiro seccional Ricardo Alfonsin.

Histórico

Na Praça dos Açorianos fica um dos monumentos históricos mais importantes da Capital, a Ponte de Pedra. Antigamente, a ponte cruzava o Arroio Dilúvio e era a única ligação entre as chácaras do sul e o centro da cidade. A edificação substituiu uma primitiva ponte de madeira erguida quase no mesmo local por volta de 1825. Várias vezes reconstruída, em razão dos estragos causados pelas enchentes e pela deterioração natural da madeira, a ponte foi fechada ao trânsito em março de 1848, momento em que estavam quase finalizadas as obras para uma nova ponte, mandada edificar já em 1846 pelo Conde de Caxias, presidente da província.

A nova obra deveria ser mais durável, motivo pelo qual foi construída de pedra, sendo inaugurada também em 1848. Em 1937, o arroio começou a ser retificado e a ponte perdeu a sua função, mas sobreviveu como memória daqueles tempos. Transformada em monumento urbano e testemunha do passado, a ponte de pedra foi tombada pelo município em 1979 e ganhou um espelho d’água sob os seus três pilares em arco, embora o nível da água tenha sido estabelecido bastante alto, acima dos seus pilares que usualmente ficavam à vista. Seu aspecto atual é o mesmo quando sob uma condição de enchente.


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