O presidente da OAB/RS, Claudio Lamachia, requereu pessoalmente, nesta segunda-feira, junto à Procuradoria Regional da República da 4ª Região, em Porto Alegre, a quebra do segredo de Justiça que estaria protegendo as investigações dos processos denunciados – em fevereiro, pelo PSOL, e pela revista Veja, neste final de semana –, de uso de caixa 2 na campanha da governadora Yeda Crusius.
“O sigilo não mais se justifica, pois os nomes dos suspeitos e suas possíveis ações já foram tornados públicos”, afirmou Lamachia. Para ele, as incertezas quanto ao caso “estão sangrando o Estado e a sociedade tem o direito de saber a realidade dos fatos”.
Na procuradoria, Claudio Lamachia foi recebido pelo procurador-chefe regional, Humberto Jacques de Medeiros.
À tarde, o presidente da OAB/RS recebeu, na nova sede da Ordem, em Porto Alegre, os deputados estaduais Cassiá Carpes (PTB), Elvino Bohn Gass (PT) e Paulo Azeredo (PDT). A visita dos parlamentares tinha como objetivo conhecer as ações da OAB gaúcha diante das denúncias e pedir o apoio da entidade à criação de uma CPI na Assembléia Legislativa para tratar do caso. A reunião também foi acompanha pela presidente da OAB de Bento Gonçalves, Maria Luiza Sfoggia Romagna.
O dirigente afirmou que, “se for capaz de auxiliar na elucidação das denúncias, a CPI pode ser um instrumento importante”. Lamachia defendeu, ainda, que as instituições envolvidas com o episódio venham a público esclarecer até mesmo se alguma investigação realmente está em andamento.
Conforme o dirigente, a demora na elucidação dos fatos prejudica o Estado, “que sem encontra num vácuo entre diferentes versões sem que nada seja comprovado”.
Na sua opinião, “a criação da CPI, se houver provas da sua necessidade e desde que não se transforme em apenas um palco político, poderia servir para acelerar e aprofundar as investigações até que se chegue a esclarecimentos definitivos sobre a questão”.
Assessoria de Imprensa – OAB/RS
Carol Majewski – Jornalista / Assessor